Osteoporose: A “Doença Silenciosa” que Enfraquece os Ossos
A osteoporose é uma condição de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente mulheres acima dos 50 anos. É uma doença silenciosa, que muitas vezes só é percebida após uma fratura. Seu impacto vai muito além da saúde física: ela afeta a mobilidade, a independência e a qualidade de vida.
O que é osteoporose?
O nome “osteoporose” vem do grego e significa “ossos porosos”. Trata-se de uma doença crônica que reduz a densidade e a qualidade dos ossos, tornando-os frágeis, finos e mais propensos a quebras, mesmo em atividades cotidianas simples como abaixar-se ou levantar um objeto leve.
Diferente do que muitos pensam, o osso é um tecido vivo, que está em constante renovação. Ao longo da vida, existe um equilíbrio entre a destruição e a formação óssea. Porém, com o envelhecimento (e outros fatores), a destruição pode superar a reconstrução, resultando na perda óssea progressiva.
Quem está em risco?
A osteoporose pode afetar homens e mulheres, mas é mais comum em mulheres após a menopausa, por conta da queda nos níveis de estrogênio — um hormônio que protege os ossos. Entre os principais fatores de risco, estão:
-
Envelhecimento (especialmente acima dos 65 anos);
-
Histórico familiar de osteoporose ou fraturas;
-
Menopausa precoce ou retirada dos ovários;
-
Deficiência de cálcio e vitamina D;
-
Sedentarismo;
-
Baixo peso corporal ou magreza excessiva;
-
Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
-
Uso prolongado de certos medicamentos, como corticoides e anticonvulsivantes.
Sintomas: por que é chamada de “doença silenciosa”?
A osteoporose não apresenta sintomas evidentes nas fases iniciais. Por isso, é chamada de “doença silenciosa”. Muitas pessoas só descobrem que têm a doença após uma fratura inesperada, geralmente no quadril, coluna ou punho. Em estágios mais avançados, a doença pode causar:
-
Dores nas costas;
-
Redução de estatura;
-
Postura curvada (corcunda);
-
Fraturas recorrentes mesmo com pequenos traumas.
Como é feito o diagnóstico?
A principal forma de diagnóstico é através do exame de densitometria óssea, que mede a densidade mineral dos ossos e permite identificar se há osteoporose ou osteopenia (fase inicial de perda de massa óssea).
Além disso, exames laboratoriais podem ser solicitados para investigar as causas da perda óssea e verificar os níveis de cálcio e vitamina D no organismo.
Tratamento e prevenção
Embora a osteoporose não tenha cura, ela pode ser tratada e controlada. O tratamento visa fortalecer os ossos, evitar fraturas e melhorar a qualidade de vida do paciente. As abordagens incluem:
-
Suplementação de cálcio e vitamina D;
-
Medicamentos específicos para fortalecer os ossos, como bisfosfonatos;
-
Terapia hormonal, em casos específicos;
-
Atividade física regular, especialmente exercícios com impacto leve e musculação, que ajudam a manter a massa óssea;
-
Alimentação rica em cálcio, com alimentos como leite, iogurte, queijo, couve, espinafre e sardinha;
-
Exposição solar controlada, para estimular a produção de vitamina D;
-
Prevenção de quedas, com ajustes no ambiente doméstico, como instalação de barras de apoio, boa iluminação e retirada de tapetes escorregadios.
Convivendo com a osteoporose
Viver com osteoporose exige atenção, mas não significa abrir mão da qualidade de vida. Com o tratamento adequado e o apoio da família ou cuidadores, é possível manter a autonomia e reduzir os riscos de fraturas.
É fundamental também trabalhar o emocional. Muitas pessoas com osteoporose desenvolvem medo de cair, o que leva à redução da mobilidade e à piora do quadro. Por isso, incentivo e acompanhamento psicológico, quando necessário, fazem parte do cuidado integral.
A importância do diagnóstico precoce
Quanto mais cedo a osteoporose for identificada, maiores as chances de manter os ossos fortes por mais tempo. Para mulheres na menopausa, idosos e pessoas com fatores de risco, a avaliação periódica com o médico e o exame de densitometria óssea são essenciais.
Para saber mais sobre doenças que acometem idosos, leia mais em:As 10 Doenças Mais Comuns Nos Idosos